tag:blogger.com,1999:blog-9730630427668795512024-03-13T12:29:32.709+00:00Contagem DecrescenteContagem Decrescentehttp://www.blogger.com/profile/15488341167758593485noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-973063042766879551.post-89211563886319711392010-05-21T18:38:00.002+01:002010-05-23T22:25:13.578+01:00Coincidências<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXJD9lmUcBOghyphenhyphend6EYNjJdzmzjafwRGImY1SyElkEXtvLX09witJUBasG0vqUZx3UcAQpaK2Ov0DSwrHJJO5D4woK_ms_O6D4CIG-OvdETQUgSUVo5fV8keH-_dSHwRa7zgawXdzCl7cSK/s1600/solidao.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 216px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXJD9lmUcBOghyphenhyphend6EYNjJdzmzjafwRGImY1SyElkEXtvLX09witJUBasG0vqUZx3UcAQpaK2Ov0DSwrHJJO5D4woK_ms_O6D4CIG-OvdETQUgSUVo5fV8keH-_dSHwRa7zgawXdzCl7cSK/s320/solidao.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473779765201769410" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-indent:35.4pt"><span style="font-family:"Trebuchet MS","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-bidi-Segoe UI";font-family:";color:#333333;">É inútil negar a ironia da vida. Quando menos se espera, esse bicho, que é a vida, espeta-nos uma facada nas costas sem sequer darmos por ela até nos virarmos para trás.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent:35.4pt"><span style="font-family:"Trebuchet MS","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-bidi-Segoe UI";font-family:";color:#333333;">Pergunto-me se foi coincidência o facto de estar, eu e colegas de grupo, a percorrer ruas e ruas a fio questionando pessoas sobre a vida de um sem-abrigo e calhar-me, precisamente a mim, uma pessoa perfeitamente normal, vestida para um dia de calor e após eu ter mencionado “Boa tarde, estamos a organizar um trabalho sobre os Sem-Abrigo”, responder-me: eu sou um…<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent:35.4pt"><span style="font-family:"Trebuchet MS","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-bidi-Segoe UI";font-family:";color:#333333;">Como me apeteceu largar todos os papeis que tinha em mãos e abraça-la e pedir-lhe, ao mesmo tempo, mil desculpas. Mas isso era pouco…<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent:35.4pt"><span style="font-family:"Trebuchet MS","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-bidi-Segoe UI";font-family:";color:#333333;">Foi dos momentos mais arrepiantes que tive e constrangedores de sempre. Foi num factor de segundos mas olhámo-nos todas umas às outras e decidimos, mesmo que mentalmente, seguir em frente com o questionário (pois é uma pessoa igual a todas) mas de uma forma indirecta.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent:35.4pt"><span style="font-family:"Trebuchet MS","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-bidi-Segoe UI";font-family:";color:#333333;">Nesse dia, essa pessoa, desconhecida de nome, conhecida apenas de idade, passou-me uma lição enorme à cerca da vida: Um é tanto ou mais que o outro pelo seu interior, desvalorizando qualquer roupa, quaisquer sapatos, qualquer um apetrecho, qualquer tipo de etnia e raça. A diferença das pessoas está no seu percurso pela vida, nas memórias, nos erros cometidos, nas vitórias alcançadas, nos sonhos. Olhando só e apenas para a “embalagem” como podemos julgar uma pessoa se nem sequer sabemos qual o conteúdo?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent:35.4pt"><span style="font-family:"Trebuchet MS","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-bidi-Segoe UI";font-family:";color:#333333;">As coincidências não são vãs e a vida é feita delas. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent:35.4pt"><span style="font-family:"Trebuchet MS","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-bidi-Segoe UI";font-family:";color:#333333;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent:35.4pt"><span style="font-family:"Trebuchet MS","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-bidi-Segoe UI";font-family:";color:#333333;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;text-indent: 35.4pt; "><span style="font-family:"Trebuchet MS","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-bidi-Segoe UI";font-family:";color:#333333;">Ana Rodrigues</span></p>Contagem Decrescentehttp://www.blogger.com/profile/15488341167758593485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-973063042766879551.post-75683597579451897482010-03-15T17:21:00.004+00:002010-03-24T13:45:28.812+00:00Todos temos um pouco de Sem-Abrigo<div align="justify">Há um pico na vida de cada um que nos leva a pensar que nada do que fazemos faz sentido, que nada do que se diz faz sentido e ,até mesmo, que nada do que vemos faz sentido. É tudo traduzido num mar de ondas gigantes que nos engolem constantemente sem termos corda para nos salvar. É como se entrássemos num poço sem fundo, como se nos atirássemos a um precipício, é, talvez, como se estrangulássemos a nós próprios com crueldade mas ao mesmo tempo sofrendo... É um ar que respiramos sem querer, mas mesmo sem querer o temos de respirar...<br />Tudo nos sufoca, estamos rodeados de gente e estamos sozinhos. A vida é bonita, mas é cruel. Aliás, também ninguém disse que era um mar de rosas, não sei porque razão haveremos de pensar que tudo é fácil. É tão fácil ver os outros a sorrirem, é tão fácil ver os outros a olharem-se sem medo. Mas como fazer isso sem impasse nenhum?<br />Quero tudo e nada, quero o calor de uma cama, quero o olhar de alguém sem ser de desprezo, quero as coisas mais simples do mundo que me são negadas. Mas não suporto, não suporto a ideia de ter coisas desnecessárias quando o que eu quero mesmo é tão simples. Não suporto a ideia de me darem tudo, mas esse tudo não chegar. E não chega pura e simplesmente porque é um tudo carregado de coisas materiais. Quero calor, quero afecto, quero alguém para conversar e saber que esse alguém não tem qualquer interesse que não seja um olhar amigo. Sinto o coração tão cansado, sinto-o a bater tão de vagar que quase se descompassa...<br />De uma maneira ou de outra, umas vezes mais outras menos, todos nós somos sem-brigos imaginários. Há alturas na vida que mesmo na nossa casa nos sentimos estranhos e incomodados, como se não tivéssemos um abrigo onde nos esconder e gente que nos acolha. Então por que havemos de insistir em não ajudar aqueles que passam a margem do imaginário?<br />A vida uma montanha. É uma montanha e nós os escaladores. Escaladores que, por vezes, sobem ao cume e sem querer resvalam para o outro lado da montanha e não voltam a subir....<br /><br /><br /><br /><br /><br /> Ana Rodrigues</div>Contagem Decrescentehttp://www.blogger.com/profile/15488341167758593485noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-973063042766879551.post-40433344076284473762010-02-05T13:11:00.005+00:002010-04-02T15:00:46.490+01:00Federação de Bancos Alimentares contra a fome<div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center">Neste momento estamos a explorar a informação obtida para ser publicado.<br />Tem consciência da quantidade de alimentos que chega à Federação de Bancos Alimentares?</div>Contagem Decrescentehttp://www.blogger.com/profile/15488341167758593485noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-973063042766879551.post-66287910627328807112010-02-05T12:34:00.007+00:002010-03-24T18:44:20.317+00:00Aquela experiência<div align="justify">Será que irão ser receptivos? Será que obteremos a informação que queremos? Será que nos irão ajudar? Será que ...? Imensas preocupações surgem-nos, quer a mim quer às minhas colegas de grupo.<br />Era já no dia seguinte que tínhamos o encontro com o director do Banco Alimentar e com uma organizadora/participante da EMIS. Sentia-me nervosa, porque, pela primeira vez, ía contactar com pessoas importantes.<br />Decidi, portanto, escrever perguntas-chave para que a conversa fluísse e pudessemos obter imensa informação. Levámos também um gravador, utilizado como um instrumento de auxílio.<br />No momento do verdadeiro frente-a-frente, penso que todas nós sentimos um nervosismo incomodativo, que por nossa força maior, foi desaparecendo.<br />Apresentações feitas o diálogo começa e é gravado. E mais uma pergunta, e mais uma informação, e mais uma risota, e mais uma pergunta, e mais um sorriso, e mais uma surpresa...<br />Quando estávamos a regressar a casa, exprimimos tudo o que sentimos. E, na verdade, todas queríamos voltar a repetir a experiência e ficámos, imediatamente ansiosas, para apanhar o comboio para uma outra visita realizar.<br /><br /> Ana Patrícia</div>Contagem Decrescentehttp://www.blogger.com/profile/15488341167758593485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-973063042766879551.post-18131947061650168152010-01-29T12:15:00.001+00:002010-03-24T18:45:07.058+00:00Um dia diferente...<div align="justify">Décimo segundo dia do primeiro mês do ano. Frio. Quatro personagens que outrora vieram sentadas nuns bancos de tom laranja incandescentes de um comboio, chegaram à estação de destino - Coimbra B.</div><div align="justify">Após umas dóceis gargalhadas que tentavam fazer com que o tempo passasse mais depressa, o meio de transporte foi deixado ali, estático e adormecido.</div><div align="justify">Uma brisazinha, ligeiramente atrevida, insistia em penetrar por entre as mangas do casaco, enquanto a ânsia de chegar à instituição se apoderava de mim. As pernas tremiam, os dentes teimavam em bater. O frio continuava. Ainda tínhamos uma longa caminhada até chegarmos à instituição do dia - Federação Portuguesa de Bancos Alimentares. </div><div align="justify">Meio azulada e afastada da baixa coimbrense, localizava-se a associação que tanto procuravamos.</div><div align="justify">Os nervos decidiram recordar-se de mim e aparecerem sem sequer terem sido convidados. </div><div align="justify">Entrámos. Excelentemente recebidos pelo presidente da Federação, o medo do erro persistia. Iniciada a conversa, após uma apresentação bastante simpática e acolhedora, os pontos de interrogação começam a surgir. Contudo, o grande medo do erro permanecia nos poros que tentavam respirar. Não afastando o orgão que chefia a audição da conversa, procurei o sentido de existirem tantas pessoas com fome, com frio e sem apoio. Os porquês iam aumentando. </div><div align="justify">Por momentos, uma raiva absoluta consumiu-me. </div><div align="justify">A visita às instalações continuava e a simpatia permanecia na fala de cada um. Apontados os pontos fulcrais numa folha velha, isto é, num rascunho cuja profissão é salvar o mundo, noto que está tudo prestes a acabar. Mas não para sempre, pois o grupo promete voltar com a mesma ou mais dedicação.</div><div align="justify">Repetindo, com uma despedida mas não para sempre, os pés retiraram-se com delicadeza, exigindo aos lábios o esboço de um sorriso solidário.</div><br /><div align="right">Patrícia Oliveira</div>Contagem Decrescentehttp://www.blogger.com/profile/15488341167758593485noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-973063042766879551.post-8606169513566284902009-11-24T10:23:00.003+00:002010-03-24T18:46:53.766+00:00Como surgiu a ideia de criar este blogue?<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">Todos sabemos que neste mundo vasto da internet existem imensos blogues que também abordam este tema - a mendicidade. Mas, talvez, a criação deles tenha um objectivo diferente do nosso. Estamos a elaborar este blogue no âmbito da disciplina de Área de Projecto, não com o intuito de mostrarmos trabalhos aos professores, mas sim alertar e sensibilizar as pessoas para esta temática.</span></div><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;"></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">Hoje em dia, estamos a passar por uma crise muito profunda e, como consequência, o número de mendigos e sem-abrigos deverão aumentar. Mas alguém pensa nisso? Os responsáveis da governação do nosso país têm feito alguma coisa para colmatar este problema?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">Antes de mais gostaríamos e achamos importante distinguir o significado de mendigos e sem-abrigos, pois são realidades diferentes. Os mendigos são pessoas que, normalmente, andam na rua a pedir e podem ter um emprego e um sítio para dormir. Um sem-abrigo é um indivíduo que não tem local para habitar, o que não significa que ele ande na rua a pedir esmola.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">Gostaríamos que todos os interessados neste tema participassem e dessem a vossa opinião ou até testemunhos neste blogue.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">Ainda me lembro de quando era criança e passeava com a minha mãe na rua mais movimentada da cidade. Via imensas pessoas sentadas nos passeios com roupas deterioradas, com um rosto e um corpo sem vida. Notei sempre que, apesar das diferenças que existiam em cada um, havia uma característica comum que, por um lado, assustava-me, mas, por outro, fazia sentir pena: tinham a barba muito grande.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">De mão dada com a minha mão, de vez em quando, uma lágrima soltava-me. Revoltava-me por saber que eles não tinham carinho, comida, casa... revoltava-me por ver as pessoas ao olhar com desprezo para eles... revoltava-me até por a minha mãe nem sequer dar uma moedinha a eles.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">Era capaz parar uns segundos em frente destes seres "sem vida" e tentar olhar para o interior deles! Admirava imenso os adultos que deixavam uma moeda no cesto e eu sofria por não fazer o mesmo. Ainda era apenas uma criança.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">É extraordinária a sensibilidade das crianças! E quando se tornam adultas tendem a ser seres que não se importam pelos outros.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">Nós não queremos mudar as mentalidades das pessoas, nós não queremos que ao lerem estes textos comecem a dar dinheiro a estes míseros seres por obrigação. Nós sabemos que não vamos conseguir igualar a nossa sociedade, nem é o nosso objectivo. Nós queremos sentir o que eles sentem e saber a sensação de ser humilhado todos os dias.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#666666;">É uma questão para reflectir! Quiçá, de vez em quando, devamos ser crianças!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;">Ana Patrícia</span></div>Contagem Decrescentehttp://www.blogger.com/profile/15488341167758593485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-973063042766879551.post-56727833461654118042009-10-30T12:13:00.002+00:002010-03-24T18:47:54.032+00:00Porquê contagem decrescente?<img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 310px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398375046596642562" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWv8vnb8zJ-dBShS76OJ-wsD9rsGXY2jLnIY2WX1yo496K1WBedggXexcHald1af1hOw5HBQZv8wAyw8VDEI2pDJzqN69yW11X8T5GeWmS3rMeolAPqbYgLloTBj99R0Ks-aWnzfAQyLwj/s320/1863988.jpg" /><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#333333;">Serias capaz de acordar a meio da noite e não ter uma manta para te tapar os pés gelados? A tua vida começou com o maior conforto, a tua mãe aqueceu-te logo que te agarrou em braços. O teu corpo foi-se desenvolvendo e crescendo. E a vida? A vida foi-se atropelando por problemas de falta de dinheiro no telemóvel, falta da tua caneta preferida... Mas quanto tempo e quantas mãos são precisas para te abrirem os olhos e veres que há gente sem pão para o pequeno-almoço ou umas míseras meias para não trespassar o frio. Gelam-lhe as mãos, remoem-lhes o estômago de fome e choram-lhes o coração de medo e angústia. A vida decresceu: 3, 2, 1, 0, -1, -2 ...</span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#333333;">A ti pesa-te a dor de não poderes ter a casa que queres, mas há quem nem uma casa de banho tenha para lavar a cara das lágrimas.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#333333;">Quantos dias durarias tu numa rua nua e sombria? Rodiado de gente e sozinho. Quantas horas aguentarias sem uns sapatos nos pés? Quantas noites sobreviverias sem o calor de uma cama ou o beijo de boa noite de família?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#333333;">Estás de olhos abertos e não vês. Não vês que é uma vida em decrescente... É uma vida contra o tempo. É a vida de gente por quem passas várias vezes ao dia e ignoras a sua presença, mas que poderias ser tu.</span></div>Contagem Decrescentehttp://www.blogger.com/profile/15488341167758593485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-973063042766879551.post-31808152921438960852009-10-27T10:32:00.003+00:002010-04-02T14:50:57.167+01:00<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxXuQVo60faCx1B9IYF3PlkKhjc_UD0JFu_6VrHoUlVqZ5O6F-1UrA11RLoZpVAVOxmqS1xu1pcMDBxq-OssPeHB8WOhdmEhZBJp1IFbYVjgg-ZKP8yGO5lbTYpnkZV1DcTmRrQjNbx-1-/s1600-h/PA270720.JPG"></a><strong><span style="color:#ffff33;"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ffcc00;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#ffff33;"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ffcc00;">Tânia</span></span></span></strong><span style="color:#ffcc00;"> </span><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#000066;"></span><strong><span style="color:#3333ff;">Patrícia</span></strong></span> <span style="color:#6600cc;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><span style="color:#6600cc;">Phie</span> </strong></span><strong><span style="font-family:trebuchet ms;color:#33ccff;">Tita</span></strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE6LUU8lj75Zz-uqGlD5V282VeGoyLRVOtMpnABVumLQeZgDeuWFE29wEyc9niMN3DEDLFEv3vGXkCQtVCOYeSz9i3EcZSX5Vi0cj_LK4UCafQFXFA0z8IiWK-q57IeY2N38-mP1kEQMrH/s1600-h/PA270720.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 180px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397241688431984114" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE6LUU8lj75Zz-uqGlD5V282VeGoyLRVOtMpnABVumLQeZgDeuWFE29wEyc9niMN3DEDLFEv3vGXkCQtVCOYeSz9i3EcZSX5Vi0cj_LK4UCafQFXFA0z8IiWK-q57IeY2N38-mP1kEQMrH/s320/PA270720.JPG" /></a><br /></div><p align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;">Ganhámos uma paixão por descobrir, cada vez mais, como é a vida de pessoas com menos possíbilidades, com menos oportunidades, com menos afecto e carinho - rotulados de "sem-abrigos" e "mendigos". </span></strong></p><div align="justify"><strong><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;">Percorremos ruas, instituições, entraremos na pele de cada uma dessas pessoas, sentindo em nós próprias as dificuldades que a vida os atropela. Muitas dessas que se encontram na rua, enfrentando perigos, outrora tiveram família, emprego, conforto, sentimentos... E, hoje, devido a um simples derrube ocorrido em momentos banais, não passam de "carcaças" deambuladoras e gélidas.</span></strong></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;color:#666666;"><strong>Valerá a pena voltar costas a quem tem tanto direito à <em><span style="font-size:180%;">vida</span></em> como qualquer um de nós? Será justo?</strong></span></div><br /><br /><div align="left"></div>Contagem Decrescentehttp://www.blogger.com/profile/15488341167758593485noreply@blogger.com0