Qual a melhor maneira de ajudar um Sem abrigo?

30 de outubro de 2009

Porquê contagem decrescente?



Serias capaz de acordar a meio da noite e não ter uma manta para te tapar os pés gelados? A tua vida começou com o maior conforto, a tua mãe aqueceu-te logo que te agarrou em braços. O teu corpo foi-se desenvolvendo e crescendo. E a vida? A vida foi-se atropelando por problemas de falta de dinheiro no telemóvel, falta da tua caneta preferida... Mas quanto tempo e quantas mãos são precisas para te abrirem os olhos e veres que há gente sem pão para o pequeno-almoço ou umas míseras meias para não trespassar o frio. Gelam-lhe as mãos, remoem-lhes o estômago de fome e choram-lhes o coração de medo e angústia. A vida decresceu: 3, 2, 1, 0, -1, -2 ...
A ti pesa-te a dor de não poderes ter a casa que queres, mas há quem nem uma casa de banho tenha para lavar a cara das lágrimas.
Quantos dias durarias tu numa rua nua e sombria? Rodiado de gente e sozinho. Quantas horas aguentarias sem uns sapatos nos pés? Quantas noites sobreviverias sem o calor de uma cama ou o beijo de boa noite de família?
Estás de olhos abertos e não vês. Não vês que é uma vida em decrescente... É uma vida contra o tempo. É a vida de gente por quem passas várias vezes ao dia e ignoras a sua presença, mas que poderias ser tu.

27 de outubro de 2009

Tânia Patrícia Phie Tita


Ganhámos uma paixão por descobrir, cada vez mais, como é a vida de pessoas com menos possíbilidades, com menos oportunidades, com menos afecto e carinho - rotulados de "sem-abrigos" e "mendigos".

Percorremos ruas, instituições, entraremos na pele de cada uma dessas pessoas, sentindo em nós próprias as dificuldades que a vida os atropela. Muitas dessas que se encontram na rua, enfrentando perigos, outrora tiveram família, emprego, conforto, sentimentos... E, hoje, devido a um simples derrube ocorrido em momentos banais, não passam de "carcaças" deambuladoras e gélidas.
Valerá a pena voltar costas a quem tem tanto direito à vida como qualquer um de nós? Será justo?


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