Qual a melhor maneira de ajudar um Sem abrigo?

24 de novembro de 2009

Como surgiu a ideia de criar este blogue?

Todos sabemos que neste mundo vasto da internet existem imensos blogues que também abordam este tema - a mendicidade. Mas, talvez, a criação deles tenha um objectivo diferente do nosso. Estamos a elaborar este blogue no âmbito da disciplina de Área de Projecto, não com o intuito de mostrarmos trabalhos aos professores, mas sim alertar e sensibilizar as pessoas para esta temática.

Hoje em dia, estamos a passar por uma crise muito profunda e, como consequência, o número de mendigos e sem-abrigos deverão aumentar. Mas alguém pensa nisso? Os responsáveis da governação do nosso país têm feito alguma coisa para colmatar este problema?
Antes de mais gostaríamos e achamos importante distinguir o significado de mendigos e sem-abrigos, pois são realidades diferentes. Os mendigos são pessoas que, normalmente, andam na rua a pedir e podem ter um emprego e um sítio para dormir. Um sem-abrigo é um indivíduo que não tem local para habitar, o que não significa que ele ande na rua a pedir esmola.
Gostaríamos que todos os interessados neste tema participassem e dessem a vossa opinião ou até testemunhos neste blogue.
Ainda me lembro de quando era criança e passeava com a minha mãe na rua mais movimentada da cidade. Via imensas pessoas sentadas nos passeios com roupas deterioradas, com um rosto e um corpo sem vida. Notei sempre que, apesar das diferenças que existiam em cada um, havia uma característica comum que, por um lado, assustava-me, mas, por outro, fazia sentir pena: tinham a barba muito grande.
De mão dada com a minha mão, de vez em quando, uma lágrima soltava-me. Revoltava-me por saber que eles não tinham carinho, comida, casa... revoltava-me por ver as pessoas ao olhar com desprezo para eles... revoltava-me até por a minha mãe nem sequer dar uma moedinha a eles.
Era capaz parar uns segundos em frente destes seres "sem vida" e tentar olhar para o interior deles! Admirava imenso os adultos que deixavam uma moeda no cesto e eu sofria por não fazer o mesmo. Ainda era apenas uma criança.
É extraordinária a sensibilidade das crianças! E quando se tornam adultas tendem a ser seres que não se importam pelos outros.
Nós não queremos mudar as mentalidades das pessoas, nós não queremos que ao lerem estes textos comecem a dar dinheiro a estes míseros seres por obrigação. Nós sabemos que não vamos conseguir igualar a nossa sociedade, nem é o nosso objectivo. Nós queremos sentir o que eles sentem e saber a sensação de ser humilhado todos os dias.
É uma questão para reflectir! Quiçá, de vez em quando, devamos ser crianças!
Ana Patrícia

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